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  • Foto do escritorFrancisco Araujo

Fobia social versus desamparo aprendido: uma análise aprofundada com exemplos e sintomas da vida real


A maior ameaça da qual preciso ser resgatado sou eu mesmo. Tudo fica muito mais fácil depois disso. ― Craig D. Lounsbrough

Introdução

No mundo acelerado de hoje, os sintomas de ansiedade, tristeza e outros problemas de saúde mental são cada vez mais prevalentes. Embora seja normal que todos experimentem sentimentos de ansiedade ou tristeza de vez em quando, condições psicológicas específicas como Desamparo Aprendido e Fobia Social (também conhecida como Transtorno de Ansiedade Social) manifestam esses sentimentos de maneiras mais intensas e distintas. Este ensaio pretende delinear os seus impactos únicos na vida dos indivíduos através de uma análise aprofundada dos seus sintomas, apoiada por exemplos da vida real e insights de especialistas na área.

 

Desamparo Aprendido vs. Fobia Social

A fobia social e o desamparo aprendido impactam significativamente a vida dos indivíduos, apresentando sintomas distintos e decorrentes de processos psicológicos únicos. Compreender estas condições através de exemplos e sintomas da vida real, apoiados por conhecimentos de especialistas, pode fornecer uma imagem mais clara das suas diferenças e implicações.

 




Fobia Social: O Medo de Ser Julgado

A fobia social, ou transtorno de ansiedade social, manifesta-se em situações em que os indivíduos sentem que estão sob o escrutínio de outras pessoas. Por exemplo, considere o caso de Anna, uma estudante universitária que evita a todo custo apresentações e discussões em grupo por medo de ser avaliada negativamente. Até a ideia de frequentar essas aulas provoca intensa ansiedade, levando-a a perder oportunidades educacionais significativas.

Os sintomas da fobia social incluem:

• Medo intenso de situações sociais ou de desempenho

• Evitar interações sociais

• Sintomas físicos de ansiedade, como sudorese, tremores ou batimentos cardíacos acelerados, em ambientes sociais

Especialistas como a American Psychiatric Association (2013) descrevem a fobia social como mais do que apenas timidez. É um medo avassalador de situações sociais que prejudica significativamente o funcionamento diário. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é amplamente reconhecida como um tratamento eficaz, ajudando os indivíduos a enfrentar gradualmente e a se tornarem insensíveis aos seus medos (Hofmann & Otto, 2008).

Desamparo aprendido: o resultado da impotência percebida

O desamparo aprendido é exemplificado por Mark, um funcionário de meia-idade que, após repetidas tentativas malsucedidas de ganhar uma promoção apesar do alto desempenho, fica desanimado e para de se esforçar. Ele acredita que não importa o que faça, o resultado não mudará, levando à diminuição da motivação e da autoestima.

Os sintomas de desamparo aprendido incluem:

• Comportamento passivo diante da adversidade

• Falta de esforço ou motivação para mudar a situação

• Sentimentos de desespero ou resignação quando confrontados com desafios

•   Insegurança frente à autoridade

Seligman (1975), que primeiro identificou o fenómeno, observa que o desamparo aprendido surge da experiência de eventos incontroláveis, levando a uma crença geral de que as ações de alguém não têm influência nos resultados. As intervenções centram-se frequentemente na reestruturação cognitiva e na activação comportamental para contrariar este sentimento de desamparo (Peterson, Maier, & Seligman, 1993).

 

Implicações comparativas na vida real

O caso de fobia social de Anna afeta especificamente sua capacidade de se envolver em atividades sociais e acadêmicas, enraizada em um medo profundo de julgamento. Em contraste, a experiência de desamparo aprendido de Mark generalizou-se para toda a sua visão da vida e do trabalho, decorrente de experiências repetidas de percepção de falta de controle sobre os resultados.

Conclusão

Compreender a fobia social e o desamparo aprendido através das lentes de exemplos da vida real e seus sintomas oferece insights valiosos sobre suas naturezas distintas. Embora ambas as condições possam afetar gravemente a qualidade de vida de uma pessoa, reconhecer suas diferenças é crucial para um tratamento eficaz. Conforme observado por especialistas na área, abordagens terapêuticas personalizadas, como a TCC para fobia social (Hofmann & Otto, 2008) e intervenções destinadas a restabelecer um senso de controle para o desamparo aprendido (Peterson et al., 1993), são essenciais para superar esses desafios.

 

Referencias:

  • American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.

  • Hofmann, S. G., & Otto, M. W. (2008). Cognitive-behavior therapy for social anxiety disorder: Evidence-based and disorder-specific treatment techniques. New York: Routledge.

  • Peterson, C., Maier, S. F., & Seligman, M. E. P. (1993). Learned helplessness: A theory for the age of personal control. New York: Oxford University Press.

  • Seligman, M. E. P. (1975). Helplessness: On depression, development, and death. San Francisco: W.H. Freeman

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