
Ansiedade e Performance: Como a Pressão Interna Sabota Seus Resultados Mesmo Quando Você Está Treinando Certo
- Francisco Araujo

- 15 de nov.
- 2 min de leitura
Quando converso com meus pacientes e com pessoas que treinam regularmente, escuto sempre a mesma frase:
“Eu até quero treinar, mas parece que o corpo trava.”
E, na maioria das vezes, esse “travar” não vem do corpo — vem da ansiedade.
E eu sei que é difícil, porque todos nós, em algum momento, já sentimos essa mistura de aperto no peito, pensamento acelerado e sensação de incapacidade.
A ansiedade altera a forma como o cérebro lê o esforço. Tarefas simples parecem pesadas. Movimentos fáceis parecem desafiadores.
E isso não é fraqueza — é fisiologia.
Quando estamos ansiosos, o corpo libera mais cortisol, o coração acelera, os músculos ficam tensos e a mente entra em modo de alerta.
E é exatamente assim que perdemos força, foco e motivação — mesmo sabendo o que fazer.

Estudos mostram que esse estado pode reduzir até 15% da força muscular.
É como se a ansiedade apertasse um “freio de mão invisível” no nosso corpo.
E eu já vi pessoas incríveis, fortes, disciplinadas, desistirem não por falta de capacidade, mas por estarem emocionalmente exaustas.
Para aliviar isso e recuperar o controle, pequenas ações podem fazer diferença real.
Uma delas é fazer uma breve pausa antes do treino, respirando de maneira lenta e prolongada. Esse tipo de respiração ajuda a reduzir o alerta interno e devolver clareza mental.
Outra opção é iniciar o treino com alguns minutos de movimentos leves. Não precisa ser nada complexo — o objetivo é ajudar o corpo a avisar ao cérebro: “está tudo bem, podemos seguir”.
No consultório, vejo diariamente como essas simples mudanças ajudam as pessoas a retomarem o ritmo, a se reconectarem com o próprio corpo e a perceberem que o problema não era incapacidade — era sobrecarga emocional. Essa compreensão traz alívio, esperança e, principalmente, liberdade.
Se você está passando por isso, quero que saiba:
não é preguiça, não é falta de força de vontade, e você não está sozinho.
Buscar apoio psicológico, ajustar pequenas rotinas e cuidar do seu corpo com gentileza faz toda a diferença.
Francisco das Chagas Araujo
Psicólogo Clínico – Neuropsicólogo
Marcelo Rondinelli Araujo
Personal Trainer & Consultor Nutrição e Suplementação
Instagram: @rondinelli_personal





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